Eduardo Doce Ferreira, de 40 anos, companheiro de Vitória Correia da Silva Paes, de apenas 17 anos, foi preso em flagrante na madrugada deste domingo (22) em Santa Fé do Sul, como o principal suspeito de feminicídio. A jovem foi encontrada morta dentro de sua residência, apresentando sinais de violência e um ferimento na cabeça.
De acordo com o boletim de ocorrência, a prisão ocorreu após policiais militares serem acionados por volta das 6h. O próprio Eduardo, ao retornar para a casa, relatou ter encontrado sua companheira ensanguentada. No local, a polícia confirmou a morte de Vitória, encontrada caída sob a pia com uma faca na mão. As evidências iniciais e o depoimento do próprio suspeito levaram à sua imediata detenção.
Ainda na residência, foram apreendidos objetos relevantes para a investigação, incluindo uma caixa de arma de fogo da marca Rossi, uma bainha de faca vazia e os dois telefones celulares do casal. A versão de Eduardo sobre sua saída para buscar lanche e o suposto barulho de disparo de arma de fogo levantaram suspeitas, especialmente diante das informações fornecidas por familiares da vítima.
A mãe de Vitória declarou à Polícia Civil que a filha vinha sofrendo agressões físicas por parte de Eduardo, que demonstrava ciúme excessivo e proferia ameaças de morte constantes. Uma amiga próxima também confirmou ter presenciado agressões e que Vitória temia que o companheiro possuísse uma arma de fogo. Familiares relataram ainda uma agressão com coronhadas sofrida pela vítima na sexta-feira anterior ao crime, e a intenção da jovem de deixar a casa devido à insuportável convivência com o agressor.
A perícia no local do crime reforçou a suspeita de que o feminicídio ocorreu internamente, sem a participação de terceiros, já que a porta da cozinha estava trancada, as janelas gradeadas e não havia sinais de arrombamento.
O material apreendido na residência foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Jales, que investiga o caso. O suspeito, Eduardo Doce Ferreira, permanece preso e à disposição da Justiça, enquanto a Polícia Científica realiza os exames necessários para elucidar completamente o crime, registrado como feminicídio qualificado.