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quinta-feira, 23 outubro, 2025

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Alunos de Medicina denunciam atraso no pagamento de preceptores e suspensão de estágios na Universidade Brasil

Alunos do internato do curso de Medicina da Universidade Brasil denunciaram, sob anonimato, que a instituição não está realizando o pagamento dos preceptores responsáveis pela supervisão prática nos campos de estágio. Segundo os estudantes, a falta de repasse tem causado a suspensão de atividades e a recusa de médicos em assinar as fichas de avaliação e frequência, documento obrigatório para a validação da carga horária do internato.

Os universitários afirmam que a situação não é recente e que o problema se tornou crônico, afetando diretamente a formação prática da turma. “Estamos sendo feitos de refém em uma disputa administrativa e financeira que não nos diz respeito. Nosso internato está sendo comprometido”, dizem os estudantes. Todos pediram anonimato por medo de represálias.

Sem a assinatura diária do preceptor, o estágio não é reconhecido pela faculdade. “Comparecemos ao campo todos os dias sem saber se nossa presença será validada. É um desgaste psicológico enorme. Corremos o risco de não nos formarmos no prazo por uma falha que não é nossa”, relatam.

Diversos campos de estágio estariam afetados. Os casos mais graves, segundo os alunos, acontecem em Mairiporã, onde os estágios estão suspensos por tempo indeterminado, e na Santa Casa de Jales, utilizada pelos estudantes de Fernandópolis, que também estaria com as atividades paralisadas. “Não é a primeira suspensão em Jales. O motivo é sempre o mesmo: falta de pagamento”, destacam.

Os estudantes afirmam ainda que já procuraram a coordenação do curso e a reitoria, mas dizem não ver avanço. “As respostas vêm, mas as soluções não. Estamos sendo enrolados. Cada dia parado é prejuízo na nossa formação”, afirmam.

A revolta cresceu após a universidade divulgar nas redes sociais um estágio eletivo de um mês na China, destinado a poucos alunos. “A instituição faz marketing de oportunidade internacional enquanto nossa realidade nos hospitais está abandonada. É um desrespeito com todos que estão no internato”, criticam.

Os estudantes reforçam que continuarão buscando apoio público e pressionando pela regularização dos pagamentos e pela reposição das atividades suspensas. Eles dizem que só querem o básico: concluir a formação prática com a qualidade e a dignidade previstas em lei.

A Universidade Brasil não se manifestou oficialmente até o fechamento desta edição.

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