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terça-feira, 8 julho, 2025

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MST marcha em Votuporanga contra despejo de acampamento em Álvares Florence

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou uma manifestação com marcha pelas principais ruas de Votuporanga na tarde de ontem. O ato, que teve início na Praça São Bento, protesta contra a ação de reintegração de posse movida pela prefeitura de Álvares Florence contra o acampamento Vale do Amanhecer. O acampamento está localizado na vicinal José Pinto Sobral, entre Álvares Florence e Américo de Campos.

Centenas de pessoas, vestidas com camisas do movimento e empunhando bandeiras e cartazes, participaram do manifesto. Com palavras de ordem como “se o campo não planta, a cidade não janta”, os manifestantes cobravam uma posição do Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a quem se referiam como “ministro promessinha”.

Reforma Agrária e Visibilidade do Protesto

Segundo Alessandra Moreno, coordenadora do MST, uma reforma agrária digna e justa é fundamental para garantir uma distribuição mais equitativa da terra, promovendo a justiça social e o desenvolvimento rural sustentável. “Assegurar o acesso à terra para aqueles que dela dependem para a produção de alimentos e para garantir uma vida digna. A reforma agrária é uma ferramenta para corrigir desigualdades históricas e garantir que todos tenham acesso aos meios de produção, como a terra”, afirmou.

A coordenadora explicou que a mobilização foi realizada em Votuporanga para dar maior visibilidade ao protesto e chamar a atenção das autoridades competentes. “O impacto aqui [Votuporanga] é maior. Álvares Florence é uma cidade bem pequena e já fizemos atos lá também, mas Votuporanga é uma cidade maior, tem um fluxo muito grande de veículos, então viemos para cá para dar mais visibilidade à nossa causa”, completou.

Situação do Acampamento Vale do Amanhecer

O acampamento Vale do Amanhecer existe desde 2013 às margens da vicinal. Desde fevereiro de 2024, o local é alvo de uma ação de reintegração de posse movida pela prefeitura de Álvares Florence. O processo foi julgado em primeira e segunda instâncias, com decisões favoráveis à Prefeitura, o que significa que as famílias que ocupam a terra podem ser despejadas a qualquer momento.

“Nós não temos para onde levar essas famílias, então precisamos de uma área, de um local seguro para onde possam ser levadas essas pessoas. Ninguém quer ficar na beira da rodovia, mas nós também não podemos ser descartados em qualquer lugar. Não somos objetos e nem lixo, somos seres humanos”, concluiu Alessandra Moreno.

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